2013: Dez anos após sua morte, sonho de Marc-Vivien Foé está em ruínas

Em 26 de junho de 2003, uma tragédia marcou as semifinais da Copa das Confederações. Em pleno campo, durante jogo de sua seleção contra a Colômbia, o camaronês Marc-Vivien Foé sofreu um mal súbito e não resistiu. O meio-campista, então do Manchester City e com 28 anos, deixou seu nome gravado na história da competição e do próprio futebol.

O episódio deixou um legado, fazendo crescer os cuidados com exames cardíacos dos jogadores. Uma parte menos conhecida de sua herança, porém, anda ameaçada pelo tempo.

Passados exatos dez anos de sua morte, o centro esportivo fundado pelo camaronês nos anos 1990, em Yaoundé, capital de seu país, e que leva seu nome está praticamente abandonado.

Uma reportagem no site inglês da BBC nesta quarta-feira mostra o local quase em ruínas, com pinturas descascando, sem portas, janelas, uma piscina desativada e até a estátua do ex-jogador com rachaduras.

Sem recursos, os pais de Foé tentam manter o local em funcionamento, quase em vão. Há algum tempo, instalaram ali um posto policial para impedir que os objetos que restaram fossem furtados. Pouco perto do que sonhava camaronês, que pensava em formar novos jogadores africanos.

– Marc (Foé) teria constrúido casas e ajudaria jovens camaroneses e africanos. Mas isso não acontece. Se a família, com seus poucos meios, não tivesse feito nada, o centro teria sido tomado pelo mato. O governo promete, mas é lento. Meu desejo é manter o complexo vivo – lamenta à BBC o pai de Foé, Sa Majeste Foé.

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