2013: Torcedores ficam feridos em Joinville durante briga em estádio

Comandante da Polícia Militar informou que quatro pessoas foram levadas a hospital em estado grave

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas em Joinville, no Norte de Santa Catarina, numa briga entre torcidas na Arena Joinville, na tarde deste domingo (8). Os torcedores foram levados ao Hospital São José. O jogo, entre Atlético-PR e Vasco da Gama, ficou interrompido por mais de uma hora. Por volta das 23h30, três pessoas estavam detidas na Central de Polícia da cidade e devem responder por diversos crimes. Dentre eles, tentativa de homicídio.

Os torcedores feridos foram identificados como Diogo Cordeiro da Costa Ferreira, 29 anos, Estevão Viana, 24 anos, William Batista, 19 anos, e Gabriel Ferreira, 29 anos. Às 19h30 deste domingo (8), Diogo foi liberado da unidade de saúde. Por volta das 22h, William, que segundo a assessoria de imprensa do Hospital São José havia sofrido um traumatismo craniano, foi levado ao hospital da Unimed na cidade. Já Gabriel e Estevão continuavam internados no Hospital São José às 23h30 deste domingo. Eles devem permanecer na unidade até pelo menos a manhã de segunda-feira (9).

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Hospital São José, o estado de saúde dos dois era estável e eles estavam conscientes. Os quatro torcedores passaram por exames na unidade neste domingo (8).

Segundo a Polícia, três foram presos em flagrante e serão levados a presídio

Na noite deste domingo (8), havia três pessoas da torcida organizada do Vasco detidas na Central de Polícia de Joinville. Conforme a Polícia Civil, eles serão indiciados por tentativa de homicídio, dano ao patrimônio público, associação ao crime e mais uma infração ao Estatuto do Torcedor. Por volta das 23h30, eles estavam sendo interrogados e depois seriam levados ao Presídio Regional de Joinville. Segundo a Polícia, por causa de imagens de segurança da Arena, a prisão ocorre em flagrante.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, dois torcedores foram detidos na saída do estádio, logo após o jogo. O terceiro foi encontrado no banheiro de um ônibus da torcida do Vasco, no momento em que o veículo deixava a cidade. Um deles foi pego com um bastão. Nenhum dos envolvidos teve nome ou idade revelados pelas Polícias Civil ou Militar.

Torcedor foi encontrado com bastão

Policiamento

A tenente-coronel da Polícia Militar de Santa Catarina Claudete Lehmkuhl informou ao G1que no momento da briga não havia policiais militares dentro do estádio. De acordo com ela, o motivo para a ausência de policiamento foi uma determinação do Ministério Público do estado. Segundo Claudete Lehmkuhl, após a briga entre as torcidas, 160 militares passaram a atuar dentro da Arena Joinville e 20, fora do estádio.

Em nota emitida pela Polícia Militar de Santa Catarina às 22h50 deste domingo (8), a corporação afirmou que “esteve presente na parte externa do estádio durante o evento, atendendo à uma Ação Civil Pública, por parte do Ministério Público, que propôs que o Poder Judiciário proíba a participação de policiais militares em atividades que fujam da competência constitucional da Corporação”.

A nota afirma ainda que “para a segurança do evento, foram destinados 113 policiais militares que compunham equipes de policiamento ostensivo à pé, de trânsito, montado, de resgate médico, motocicletas e aéreo. Dentre esses policiais militares, encontrava-se um efetivo composto pelas Guarnições de Policiamento Tático, inclusive com reforço de cidades vizinhas, pronto para atuar em caso de conflito. Essa atuação deu-se justamente quando começaram os atos de violência entre os torcedores.”

Na noite deste domingo (8), o Ministério Público do estado afirmou que não fez “nenhuma recomendação ou ação que impeça a Polícia Militar de atuar no interior do estádio Arena em Joinville”. De acordo com a assessoria de imprensa do MP-SC, uma ação civil pública que pede mudanças estruturais na segurança do estádio foi protocolada em 2 de dezembro, mas o Fórum de Joinville não havia aceitado o pedido até a noite de domingo (8). Ainda segundo a assessoria, a ação não pede que policiais deixem de atuar na Arena e que a ação só passa a ser uma determinação depois de aceita pelo Judiciário.

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