Números e curiosidades
O jogo das garrafadas
A vitória por 2 x 1 dava o título ao São Paulo na final de 1957 contra o Corinthians. Mas o ponta Maurinho não se conteve. Em um contra-ataque, marcou o terceiro e garantiu o troféu. Para festejar, passou a mão pelo rosto do goleiro Gilmar e deu início a maior confusãp já vista no estádio. Garrafas voavam por todos os lados e o tricolor nem deu volta olímpica.
O PRIMEIRO DE MUITOS GOLS
O ponta-direita Zequinha (falecido em 1991) marcou o primeiro gol no estádio. Ex-jogador do extinto Ferroviário, ele acabou emprestado ao Coritiba especialmente para a inauguração.
O FUTEBOL VISTO COM PERFEIÇÃO
Quem já visitou o Pacaembu sabe: não há lugar melhor para assistir ao futebol. De qualquer parte dp estádio visualizam-se as jogadas com detalhes. A razão é simples. Menor e mais aconchegante do que gigantes como Morumbi e Maracanã, o Pacaembú limita a visão lateral. Assim, quando a bola está no meio-campo, dificilmente se verá um jogador em impedimento na çinha de fundo. Mas, se houver um pênalti, com os olhos fixos na área, dificilmente o torcedor se enganará.
O TABELÃO DO PRIMEIRO JOGO
PALESTRA 6
CORITIBA 2
Local: Pacaembú;
Juiz: Heitor Marcelino Domingues;
Gols:Zequinha 1 Echevarrieta 6 e 36 do 1º; Luizinho 11, Elyseo 18, Echevarrieta 22, Sandro 36 e Branco 42 do 2º
PALESTRA: Gijo, Carnera e Junqueira; Carlos, Sidney e Del Nero; Luizinho, Sandro, Elyseo, Carioca e Echevarrieta
Coritiba: Ary, Borges e Alpheu, Tonico, Areão e Warde; Zequinha, Pio, Rubens, Pivo e Saul (Branco)
ALI ELE TAMBÉM FOI O MAIOR
Ao completar 1 000 gols em sua carreira, em 1969, Pelé já havia marcado 115 deles em 119 jogos no Pacembu. Uma média de quase um por partida, que mereceu até placa no estádio. Já aposentado, em 1987, o rei voltou para defender a Seleção de Seniores. E presenteou seus saudosos súditos com uma bela bicicleta.
LUSA GOLEAVA SEM DO NEM PIEDADE
No início dos anos 50, a Portuguesa brindava o Pacaembu com incríveis goleadas. Foram 7 x 3 no Corinthians, em 1951, e históricos 8 x 0 no Santos, em 55. Com até oito jogadores na seleção, a Lusa, porém, não ia além do terceiro lugar no Paulistão. Sua sorte melhorava no Tio-São Paulo: foi campeã em 1952 e 1955.
O ataque luso em 1955: Lierte, Zé Amaro, Ipojucan, Aírton e Edmur
AS GRANDES GOLEADAS TRICOLORES
Em 1945, o São Paulo anotou a maior goleada do Pacaembu: 12 x 1 contra o Jabaquara de Santos. Cinco anos depois fez 10 x 0 no Guarani e ainda teve um pênalti não marcado pelo juiz George Deakin, além de um gol anulado. Obras inesquecíveis de um ataque arrasador.
PACAEMBU
Nome oficial: Estádio Paulo Machado de Carvalho
Capacidade: 40 000
Data de inauguração: 27/04/1940
Primeiro gol: Zequinha, do Coritiba
Dimensões do campo: 110 x 75 m
Endereço: Praça Charles Miller, s/nº, São Paulo, SP
E O ESTÁDIO ENCOLHE
Embora, ultimamente, a Polícia Militar tenha estipulado a lotação limite do Pacaembu em 40 000 pessoas, o estádio já recebeu públicos bem superiores. Na estreia de Leônidas no São Paulo, em 1942, ele atingiu o máximo (71 281 presentes). O jogo Corinthians x Ponte Preta, em 1977, também teve público semelhante, e mais recentemente, no jogo Palmeiras x Corinthians, em 1987, quase 50 000 torcedores foram ao Pacaembu. Da sua inauguração até o presente momento, o estádio procura uma resposta para o “fenômeno do encolhimento”.
24/05/42 – São Paulo 3 x Corinthians 3: 71 281
25/08/77 – Corinthians 1 x Ponte Preta 2: 67 543
21/06/87 – Palmeiras 0 x Corinthians 3: 49 633