Fim do jejum: São Paulo bate o Benfica e desperta após 14 partidas

A crise deu um tempo ao São Paulo. Depois de 14 jogos de um jejum que parecia interminável, o Tricolor voltou a respirar neste sábado, em Lisboa. Sem nenhum brilhantismo, é verdade, mas com uma eficiência que há tempos não se via, o time venceu o Benfica por 2 a 0, no estádio da Luz, conquistou a Copa Eusébio, e quebrou a maior série negativa de sua história.

Os são-paulinos tiveram dificuldades para triunfar, principalmente depois de um primeiro tempo extremamente defensivo, quando o travessão e Rogério Ceni salvaram. No segundo, um pouco mais ofensivo, o Tricolor teve a frieza para não perder as chances criadas. Aloísio e Rafael Toloi foram os responsáveis por findar também a série de seis partidas sem gols

São-paulinos recebem troféu da Copa Eusébio

Esta é também a primeira vitória do técnico Paulo Autuori no comando do Tricolor. Sob o comando dele, o time havia somado até agora seis derrotas e conquistado apenas um empate. Agora, ele e o time tentarão manter a reação diante do Kashima Antlers, no Japão, quarta-feira, pela Copa Suruga.

Jogadores do São Paulo comemoram apontando para o céu

Um São Paulo bagunçado na etapa inicial

Há um muro separando a defesa e o ataque do São Paulo. Talvez, uma barreira psicológica pela terrível série de resultados negativos, talvez uma muralhada técnica de um time que não consegue se acertar em 2013. Cabeça e pernas não se entendem. O Tricolor não joga, não cria, não assusta. Limita-se a tentar impedir que o adversário seja eficiente.

A dificuldade em chegar ao gol adversário, evidenciada contra Bayern e Milan, na Alemanha, se repetiu em Lisboa. Osvaldo e Aloísio brigaram com os marcadores, mas atuaram muito distantes. Jadson fez um primeiro tempo muito abaixo do que pode, errando um passe atrás do outro. Chutar a gol foi artigo de luxo para quem vive um jejum de seis partidas sem marcar. Só aos 44 minutos uma cabeçada do “Boi Bandido” obrigou Paulo Lopes a trabalhar.

Jadson carrega a bola, marcado por Enzo Perez

Até mesmo a marcação são-paulina não foi tão eficiente assim. Wellington, Fabrício e Rodrigo Caio deram espaços no meio e permitiram que os portugueses avançassem com muita facilidade. Desta vez, pelo menos, o Tricolor teve sorte. Lima perdeu duas boas chances, uma delas carimbando o travessão. Rogério Ceni garantiu a igualdade com duas belas defesas quase cara a cara nos minutos finais do primeiro tempo.

Cortez, emprestado pelo Tricolor ao Benfica

Tricolor desencanta na etapa final

Para evitar que a pressão aumentasse, só restava ao São Paulo jogar mais avançado. Autuori percebeu a dificuldade da equipe e mexeu no meio de campo, com a entrada de Maicon na vaga de Fabrício. Funcionou. Jadson também acordou para voltar a ser decisivo, aos seis minutos. Com um lindo passe, colocou Aloísio na cara de Paulo Lopes: toque sutil no canto direito e fim da seca de gols que já durava 646 minutos.

A vantagem, enfim, permitiu que o São Paulo se tranquilizasse em campo. O Benfica voltou a tentar pressionar, mas abriu espaços para os brasileiros. O segundo gol não demorou e saiu de forma polêmica. Aos 17, após cobrança de escanteio, Rodrigo Caio desviou de cabeça, a defesa portuguesa parou pedindo impedimento e Rafael Toloi marcou. No entanto, Cortez, perto da bandeira de escanteio, dava condições.

O Benfica apostou tudo em mudanças táticas e em povoar o ataque. O time português até chegou ao gol de Rogério Ceni, mas sem a precisão necessária. O São Paulo poderia ter aumentado se uma cabeçada de Rodrigo Caio não tivesse acertado a trave. Lamentação? Que nada. O Tricolor respira aliviado.

Osvaldo, em disputa de bola com Garay, do Benfica

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