Goleiro Alexandre, campeão da Copa do BR pelo Tigre, morre aos 53 anos

O goleiro Alexandre Pandóssio, campeão da Copa do Brasil de 1991 pelo Criciúma, não resistiu a uma sequência de paradas cardíacas e morreu no começo da tarde desta terça-feira, no hospital São José, na cidade ao Sul de Santa Catarina, aos 53 anos. A informação foi confirmada pelo amigo e ex-jogador Sarandi, que estava com o ex-goleiro no momento do incidente. Alexandre faleceu por volta das 14h15 desta terça-feira.

A família e os amigos – entre eles o também ex-jogador Itá, o médico do Criciúma, José Carlos Ghedin, e outros ex-companheiros – estão no hospital em que Alexandre estava internado.

– Ele não resistiu às sucessivas paradas cardíacas. O hospital informou para quem estava presente lá. A gente que convivia no dia a dia com ele, jogava futebol, acompanhava de perto, fica surpreso. Ele exercia atividade física, estava sempre em eventos esportivos da região. A gente jamais imagina uma coisa dessas, ainda mais um ex-atleta. Ele sempre se preocupou com isso – disse Sarandi, por telefone.

Alexandre Pandóssio nasceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em 1962. Defendeu o Noroeste, Mogi Mirim e, em 1990, guardou as traves do Criciúma. No Tigre teve o ápice de sua carreira como goleiro: conquistou três vezes o Catarinense e, em 1991, o inédito título da Copa do Brasil.

Em 1996 foi para a União Barbarense e, em 1997, defendeu as cores do Gama, o último clube em que atuou, pelo qual conquistou o título da Série B do Brasileiro, em 1998. Foi treinador entre 2007 e 2012, comandando o Atlético Rondoniense, o Cidade Azul, o Imbituba em duas oportunidades e o Próspera.

Alexandre desembarcou no Heriberto Hülse após o Catarinense de 1989. Em pouco tempo, se firmou como o goleiro titular do Criciúma. Esteve em ação nos títulos regionais do Tigre em 1990 e em 1991, que compõem o tri do Catarinense na galeria do clube. Porém, foi o título da Copa do Brasil de 1991 que o colocou como herói da história do Carvoeiro. No ano seguinte teve destaque na campanha da equipe no quinto lugar da Libertadores. Identificado também com a cidade, virou habitante da capital do carvão quando pendurou as chuteiras. Pela forte relação e conquistas, o clube mantém a bandeira tricolor a meio mastro desde a tarde desta terça-feira.

Alexandre Pandóssio faleceu na tarde desta terça (Foto: João Lucas Cardoso)

Alexandre jogava futevôlei na praia do Balneário do Rincão

Alexandre passava a manhã junto a amigos na praia. Entre eles estava o também ex-jogador do Criciúma Sarandi, que acompanhava a partida de futevôlei. Por volta das 11h, o ex-goleiro, segundo conta Sarandi, cabeceou a bola e, em seguida, caiu na areia. Três médicos da região, coincidentemente, estavam na praia e foram prestar os primeiros socorros. Segundo o ex-jogador, Alexandre teve uma sequência de paradas cardíacas – oito no total – e foi encaminhado para o hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

– Ele estava jogando futevôlei e subiu para cabecear. Quando desceu, já desceu passando mal e foi para o chão. Três médicos tentaram reanimá-lo, foram oito paradas cardíacas pelo que eles falaram. Ele foi encaminhado para o hospital de São José, em Criciúma – disse por telefone Sarandi, amigo e ex-jogador do Criciúma, no final da manhã desta terça.

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