José Silvério esteve no Bate-Papo RB

Manuel diz: Eu estou fora do Brasil há mais de 15 anos, então, pergunto: O que rola, de novo, nas transmissões esportivas? Será que tudo já está inventado, e, agora, só nos resta variações de um mesmo tema?

Manuel, um abraço. As transmissões são bem diferentes de 15 anos atrás tanto tecnicamente quanto em linguagem, que é bem mais moderna mas mantendo uma terminologia própria do futebol que por enquanto me parece imutável.

Anderson diz: Há um jogo difícil de narrar? Qual seria?

Um abraço. Existe sim jogo difícil de irradiar, é o jogo ruim e por isso ele se torna mais cansativo, já que existe necessidade de muita criatividade.

Valdemir Casaque diz: Alguns amigos me criticam: Não sei como você consegue assistir a TV e ouvir o mesmo jogo pela rádio. Eu digo: Vi o lance melhor na narração do Silvério do que pela TV e todos riem de mim. Como você consegue fazer com que as pessoas vejam melhor o lance com a sua narração do que pela televisão? É questão de amor, dedicação?

Um abraço. Muitos fazem o que você faz. Alguns me explicam que a emoção é diferente.

Ricardo diz: Está certo que um dia a garganta não aguenta mais narrar, então, depois que você para de narrar futebol, você pretende continuar no mundo esportivo? Abraços.

Um abraço. Não, quando parar de irradiar será mesmo o fim. Espero que ainda demore, mas claro que não depende de mim.

Renato diz: Fui jogador de futebol do Fabril e Olímpica, em Lavras. Na época, me contaram que quando você era criança, ficava narrando futebol nos treinos com duas latinhas de massa de tomate amarradas em um barbante. É verdade?

Um abraço.  É verdade que eu ficava irradiando os treinos de Fabril e Olímpica, mas a latinha de massa de tomate é exagero. Faz parte do folclore.

Marcelo diz: Olá, gostaria de saber que você acha que vai acontecer com o Palmeiras a curto prazo.

Um abraço. O Palmeiras é obrigado a planejar o seu futuro urgentemente para não correr o risco de diminuir no seu tamanho. A situação do clube não é boa, infelizmente.

Plácido diz: Em minha opinião, camisa ganha jogo. Tenho notado que, de algum tempo para cá, os times visitantes estão encarando melhor os donos da casa e partindo mais para o ataque. Qual sua opinião sobre estes assuntos? Um abraço.

Um abraço. É claro que camisa ganha jogo e hoje poucos times tremem diante dos chamados grandes, que tem diminuído bastante.

Paulo Tricolor diz: Sou uma grande fã seu. Parabéns pelo trabalho. Você tem um jeito caricato de narrar, motivo pelo qual pergunto: você gosta daqueles que te imitam ou fazem sátiras? Luiz Fernando diz: Parabéns pelo seu trabalho! Você já achou que alguma imitação do Beto Hora no Na Geral era sua? Ele o imita muito bem. Um fraterno abraço.

Um abraço. Nenhuma imitação me preocupa, acho normal. É um sinal de que minha narração é um assunto importante. O Beto Hora imita muito bem.

Léo diz: Você tem preferência em narrar só futebol ou aconteceu naturalmente? Márcio diz: Gostaria de saber o motivo de sua preferência por narrar futebol e não outras modalidades.

Um abraço. Já narrei mais de vinte esportes, entretanto nos últimos tempos, pela quantidade de futebol que há não tenho mais tempo para os outros esportes.

Cláudio diz: O que poderia ser feito para melhorar a arbitragem de futebol no Brasil?

Um abraço. Acho que a arbitragem brasileira é muito boa os erros são pessoais e muitos só são vistos com os recursos da transmissão pela televisão, mas claramente pode-se melhorar quando os árbitros puderem ter tempo de treinamento.

Rafael Porcari diz:  Silvério, você defende a proteção para os clubes grandes no Campeonato Brasileiro. Em 30 ou 40 anos, teremos outros times grandes no Brasil ou é impossível que os pequenos de hoje se tornem equipes da grandeza de SPFC, Corinthians ou Palmeiras?

Um abraço. Penso que por ser grande o clube já tem uma proteção natural, entretanto fazer um novo time grande me parece impossível no momento em que alguns grandes é que estão se tornando menores.

Reginaldo do Guarujá diz: Olá, Silvério. Muito prazer em tê-lo por aqui, sou seu fã desde os tempos de JP. Gostaria de saber qual a situação mais curiosa ou engraçada que você já tenha narrado em um jogo.

Um abraço. São várias, mas duas merecem um destaque especial. O jogo internacional e Vasco na decisão do Campeonato Brasileiro em 1979 que eu narrei na pista do estádio Beira Rio com os cães da polícia militar a minha frente e antes da Copa de 86, o último jogo treino da seleção brasileira em cima de uma casa ao lado do estádio do América no México.

Nelson Braga diz: Lembro de uma ofensa sua contra um jogador de futebol Ponce de Leon. Você trabalhava na rádio Jovem Pan. Eu acredito que o ocorrido foi motivado por que o jogador tentou justificar-se pela diferença, de como atuava no Grêmio e como estava atuando no Corinthians, você não aceitou. Parece-me que isto aconteceu porque você se julgava o dono da verdade. Hoje o ouço mencionar que não é o dono da verdade em alguns comentários. Foi o tempo que o ensinou? Você poderia tecer alguns comentários sobre o assunto, tentando passar para os mais jovens o lado positivo Continuo, apesar da TV, ouvindo as transmissões pelo rádio.

Um abraço. Deve ter sido o De Leon. Você pode ter a interpretação de um jeito diferente a arrogância pode ter sido dele, mas de qualquer maneira é claro que o tempo me ensinou muito, nem teria graça envelhecer sem aprender. Muita coisa que eu fiz errado é própria do entusiasmo da juventude. Não me sinto mesmo dono da verdade, mas tenho opinião forte e penso muito antes expô-la, mas mesmo assim claro que erro.

Carla Guimarães diz: Quem você acha que é seu sucessor em narrações? Tem um preferido?

Um abraço. Nunca pensei nesse assunto e não caberá a mim que não sou chefe de nada uma escolha tão difícil.

cinao SJCarnpos diz: Boa tarde e parabéns por ontem, mais uma primavera. Conte a história de sua primeira narração. Abraço.

Um abraço. Claro que foi por acaso. Foi em julho de 1963 em Lavras por falta do locutor da rádio Cultura que transmitiria um amistoso entre Olímpica e Bragantino e teve que viajar ai eu fui chamado para um teste e narrei no domingo.

Fernando Dias diz: Gostaria de dizer que fiquei fã da narração esportiva pelo rádio, graças a você, o maior de todos. Você acredita que sua VOZ é um dom divino ou simplesmente um trabalho de aperfeiçoamento?

Um abraço. Obrigado e claro, são as duas coisas. Deus me deu o dom e me deu forca para aprimorá-lo.

Rodrigo diz: Qual o pior estádio para irradiar urna partida de futebol? Por que?

Um abraço. São tantos que infelizmente é muito difícil destacá-los.

Manuel diz: E seu o bordão olha o chutinho dele. Quem respondia Fraquinho, fraquiiiinho? . Bons momentos esses. Um abraço!

Um abraço. São muitos os bons momentos, mais que os ruins. Alguns deixam saudades em mim também.

Milton diz: Como você encara uma possível divisão do microfone com mulheres? Acha que elas chegam Iá em breve?

Um abraço. Não posso dizer nada, mas acho que é possível já que as mulheres tem capacidade para isto. Depende delas.

J. Prudêncio diz: Na sua avaliação o que está acontecendo com atual elenco do meu Corinthians?

Um abraço. Para mim falta comando. Claramente o clube e o parceiro estão batendo cabeça.

Reginaldo do Guarujá diz: Silvério, o São Paulo voltou a abrir 7 pontos em relação ao Internacional e agora precisa de 2 vitórias em 4 jogos para conquistar o título brasileiro matematicamente. Você ainda acredita que o Inter ainda possa chegar na frente ou acha que o campeonato já está decidido para o São Paulo?

Um abraço. 0 Inter ainda pode chegar, mas acho quase impossível. 0 São Paulo está muito próximo do título.

Adriano diz: Oi, José Silvério. Gostaria de saber se a Rádio Tupi que você trabalhou no Rio de Janeiro é a mesma Rádio Tupi 1280 Khz que existe até hoje.

Um abraço. Eu nunca trabalhei na rádio Tupi do Rio. Eu trabalhei sim na Rádio Tupi de São Paulo corno correspondente no Rio. A frequência da Tupi era 1040 Khz.

João diz: Oi, Silvério. Qual foi a maior mudança em narrações esportivas desde a época que você começou?

Um abraço. As condições técnicas a velocidade e o linguajar.

Daniel diz: Por que algumas pessoas dizem que quem comenta futebol não pode torcer. Sabemos que você é cruzeirense e seu trabalho é ótimo!

Um abraço. Não conheço nenhum cronista esportivo que não tenha um time de preferência.

Gostar e uma coisa e distorcer a verdade, outra muito diferente.

Emerson Morandi diz: Parabéns a você, que tem o talento realmente para narrar. Como consegue saber qual jogador está com a bola? Abraços!

Um abraço. A base é o número da camisa, mas observar alguns detalhes pessoais do jogador O fundamental. Todos têm algo diferente entre si. Mesmo assim as vezes eu erro.

Rodrigo diz: O Senhor é contra ou a favor do uso dos telões no estádio para auxiliar a arbitragem?

Um abraço. Por enquanto sou contrário por vários motivos, o principal é que em alguns lugares do mundo, ainda não há esta condição.

Antonio H. Zanatta diz: O brasileiro já está decidido, apesar de faltar ainda quatro rodadas. No entanto, esta é, no meu entender, a forma mais justa de só apurar um campeão. Você concorda com esta fórmula de competição?

Um abraço. Em princípio sim, mas justiça é muito difícil de se ter uma definição de qual é a justa, entretanto não vejo no momento melhor fórmula de disputa

Mauricio diz: Silvério, você acredita na continuidade do trabalho do técnico Dunga?

Um abraço. Trabalho de técnico do futebol é muito difícil de ser avaliado pois o que vale são os resultados.

Ariovaldo diz: Você acha que o Brasil tem condições de sediar urna Copa do Mundo? Robson diz: Há quanto tempo você ouve sobre mais uma Copa no Brasil?

Um abraço. Acho muito difícil que o Brasil possa fazer uma Copa. Ouço falar de mais uma copa há muito tempo.

Abner – TubarãoSC diz: Bom dia Silvério. Olhando os artilheiros do campeonato, vemos três do Figueirense. Isto é raro, não? Dá para dizer que o Figueirense tem o melhor ataque do Brasileiro?

Um abraço. 0 Figueirense tem sim um bom ataque, não sei se é o melhor, mas alguns de seus jogadores são grandes revelações do campeonato.

Emílio diz: O que o deixa mais triste com o futebol atualmente?

Um abraço. Sem dúvida a violência nas mediações dos estádios e a exportação dos grandes jogadores.

Lucinao SJCarnpos diz: Silvério, você já reparou nas suas transmissões pelos estádios do Brasil, as pessoas olhando para trás para vê-lo narrar, assim como eu já fiz e vi outras pessoas fazendo? Chega a ser emocionante ver isso.

Um abraço. Tenho observado, sim, e fico feliz e emocionado.

Rafael Porcari diz: Silvério, o que é mais difícil: narrar para Rádio ou TV? Aproveito, e pergunto sobre a experiência do narrar na TV Manchete!

Um abraço. Sem dúvida no radio a experiência na Manchete foi muito boa como aprendizado, mas não pretendo mais nada de televisão.

Ri diz: O meu Santos tem chance de conquistar a Libertadores 2007?

Um abraço. Primeiro tem que se classificar e se chegar, claro que tem chances.

Wagner diz: Silvério, qual foi o primeiro erro da Portuguesinha, que a fez chegar onde está hoje?

Um abraço. 0 mesmo de todos os clubes brasileiros, falta de planejamento.

Antonio diz: O campeonato de pontos corridos é o mais justo, mas não como no Paulista, em turno único. 0 Luxemburgo já está reclamando que o São Paulo faz muitos jogos em casa. Porém ele se esquece que em São Paulo tem mais equipes do que em Santos. Não está na hora do Luxemburgo reclamar menos?

Um abraço. Penso que ele tem direito de expor seus pensamentos e ele só reclama para desviar a atenção do mau trabalho que fez este ano no Santos.

carloseduardo diz: Quem é o melhor jogador do Brasileiro, na sua opinião?

Um abraço. Difícil de achar um destaque, mas Mineiro do SPFC pode ser um.

Um abraço para todos e espero voltar a bater papo com vocês todos.

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