Lazio

Nome: SOCIETÁ SPORTIVA CALCIO LAZIO

FUNDAÇÃO: 1900

PRESIDENTE: SERGIO CRAGNOTTI

TÉCNICO: ROBERTO MANCINI

TÍTULOS: 2 CAMPEONATOS ITALIANOS (1974 E 2000). 3 COPAS DA ITÁLIA (1958, 1998 E 2000). UMA COPA DAS COPAS

As duas vidas da águia celeste

Equipe de Roma nasceu duas vezes, mas volta a atravessar uma grave crise financeira

A Lazio nasceu duas vezes. A primeira, no ano santo de 1900, com as cores da Grécia, a pátria das Olimpíadas. Vestida de azul e branco, a Lazio sempre exerceu o mais perfeito espírito olímpico. Esquivou-se das derrotas, venceu quando pôde. No cartel, poucos, mas ilustres sinais de grandeza: dois escudetos de campeão italiano, três Copas da Itália, uma Recopa Europeia.

O segundo nascimento aconteceu em 1992, os laziale haviam retornado para a Série A da Itália quatro anos antes, mas não saíam de colocações modestas, como o décimo-primeiro lugar de 1991/1992. Foi quando o mais rico dos laziale daquele tempo decidiu usar sua fortuna pessoal em causa nobre: tornar a Lazio o mais poderoso clube da Itália.

Demorou. Mas em três anos, a Lazio contratava as maiores promessas do futebol europei – Beppe Signori e Paul Gascoigne – e chegava ao vice-campeonato nacional.

Em oito, a Lazio conseguiu seu feito mais fantástico: o segundo escudeto, com Marchegiani, Negro. Nesta, Mihajovic e Pancaro; Sérgio Conceição, Verón, Simeone e Nedved; Marcelo Salas e Roberto Mancini.

Justamente Mancini, o técnico nos dias de hoje. Dias difíceis. Semana passada, Mancini recebeu a visita do presidente Cragnotti em seu centro de treinamento. em Roma. O mega-empresário, já não tão poderoso quanto em seus primeiros tempos, foi dizer que tudo anda bem. Que seu império pessoal está ruindo, como dizem as páginas de economia dos principais jornais da Itália. A Cirio está à beira da falência.

Tudo bem, segundo Cagnotti. Nada acontecerá com a Lazio. Mancini assimilou o golpe e fez o discurso oficial diante dos microfones:

-Quando a Fiat andava em baixa, ninguém foi perguntar aos jogadores se temiam pelo clube – explicou.

Evidente que não. A Juve, de história sólida e linear, sempre sobreviveu da alma de seu povo, diferente da Lazio, ávida por grandes mecenas. Desde que Bruno Seghettini levou, de Paris, a primeira bola de futebol, a Lazio caracterizou-se por ser uma equipe média. Com grandes momentos, mas média.

Que o diga Fulvio Bernardini, técnico campeão pela Fiorentina e pelo Bologna, que deu à Lazio sua primeira Copa da Itália, em 1958. Que o diga Silvio Piola, o maior goleador da história da equipe na série A, com 143 gols;

Ou mesmo Giorgio Chinaglia, estrela do primeiro escudeto, conquistado em 1974, que de tão bom foi exportado para jogar ao lado de Pelé, no Cosmos, dos EUA.

A Lazio retornou pela última vez à Primeira Divisão em 1988, para jogar a temporada 1988/89; Havia passada três anos na Série B. Agora está há 15 anos seguidos na Série A.

Apesar de o maior goleador da história da Lazio na Série A do italiano, com 143 gols, SIlvio Piola só foi goleador máximo do campeonato duas vezes: em 1927 e 1943, em ambas terminando a temporada com 21 gols.

Signori, o maior artilheiro da Lazio nos anos 90, foi goleador do campeonato três vezes: em 1993,, 1994 e 1996.

Giorgio Chinaglia, um atacante grandalhão e um tanto desengonçado, também foi goleador do Campeonato Italiano. Em 1974, fez 24 gols. Depois foi jogar ao lado de Pelé, Beckembauer e Carlos Alberto Torres no Cosmos.

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