Vitória: Goleada no rival na primeira partida da final estadual

Nem o mais otimista torcedor do Vitória poderia imaginar. A supremacia do
Vitória era evidente. Seis jogos de invencibilidade diante do rival com
direito a uma goleada na reinauguração da Fonte Nova. Mas o pensamento era
de que, na final, a história poderia ser diferente. Não foi. O terceiro
Ba-Vi do ano foi exatamente quando o Vitória encontrou a maior facilidade
dos clássicos em 2013. Nem parecia o primeiro jogo da decisão do Campeonato
Baiano. Melhor para o Rubro-Negro, que venceu por 7 a 3 e abriu larga
vantagem para voltar a levantar a taça estadual.
A supremacia rubro-negra veio em um momento mais do que especial. Nesta
segunda-feira, o Vitória completa 114 anos de fundação. Gabriel Paulista,
Dinei (quatro vezes), Fabrício e Maxi Biancucchi deram os presentes tão
esperados pela torcida – Fernandão fez dois, e Adriano, o terceiro do
Bahia. O Leão só perde o título baiano se for derrotado por cinco gols de
diferença no Ba-Vi do próximo domingo, no Barradão. Por ter feito a melhor
campanha entre os dois, leva a vantagem do empate no placar agregado.

Pelo que se viu em campo neste domingo, a vantagem rubro-negra é quase uma
garantia do título. De um lado, um Bahia sem qualidade, esquema tático ou
qualquer outra virtude necessária para um time de futebol. Do outro, um
Vitória disciplinado, bem armado e ciente do que era necessário fazer para
sair com o resultado positivo e o terceiro triunfo seguido em clássico após
18 anos.
– O time pipocou, não quis jogar. Se omitiu de jogar bola – resumiu o meia
do Bahia Zé Roberto na saída dos times para o intervalo.
Antes da partida final para a festa do título, os dois times terão
compromisso pela Copa do Brasil. O Vitória enfrentará o Salgueiro pelo
primeiro jogo da segunda fase. O Bahia, que poupou os titulares na última
quarta e perdeu por 2 a 0 para o Luverdense-MT, tem o jogo de volta na
Arena Fonte Nova. As duas partidas serão nesta quarta-feira.
Gols, xingamentos e provocações
O primeiro jogo da decisão do Campeonato Baiano não começou muito
diferente dos outros clássicos do ano. Apesar de o Bahia ter demonstrado
postura diferente logo que a bola rolou, o Vitória não demorou muito para
se impor. Logo aos três minutos, após cobrança de falta, Gabriel Paulista
aproveitou confusão na área e abriu o placar.
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Dez minutos depois, o Vitória fez uma bela jogada no ataque. Sem ser
incomodado pela zaga adversária, Renato Cajá tocou para Dinei, que fez um
golaço na Fonte Nova. Mantendo a média de um gol a cada dez minutos,
Fabrício, de cabeça, fez o terceiro do Vitória.
A larga vantagem para o Rubro-Negro provocou cenas curiosas. Revoltada, a
torcida do Bahia gritou “olé” quando o rival tocou a bola, xingou o
presidente e vaiou atletas como Marcelo Lomba e Titi. A do Vitória, feliz
da vida, chegou a cantar “Fica, Marcelinho!”, em referência ao presidente
do Bahia, Marcelo Guimarães Filho. Ainda houve tempo para Fernandão, de
pênalti, diminuir para o Tricolor e ser vaiado pela sua própria torcida.

Festa rubro-negra e gritos de campeão
Mal o segundo tempo começou, e o torcedor teve emoção de sobra. No
primeiro minuto, Dinei fez o segundo dele de cabeça. Logo na saída de bola,
Fernandão diminuiu. O gol do Bahia dava a impressão de que o Tricolor iria
complicar a vida do rival na base da emoção, mas a qualidade técnica foi
superior.
O Vitória manteve o domínio da partida e passou a controlar o jogo a seu
gosto. Dinei fez o terceiro dele em um chute de fora da área. Não perca as
contas: 5 a 2 para o Vitória. Com mais uma goleada, o Bahia perdeu a
cabeça. Fahel cometeu uma falta dura no meio de campo e foi expulso. O que
já estava fácil para o Vitória ficou ainda mais tranquilo. Maxi Biancucchi
fez o sexto do Vitória. Nos minutos finais, Adriano diminiu, mas ainda
houve tempo de Dinei fazer o sétimo do Vitória (quarto dele no jogo) e
sacramentar a goleada na Arena Fonte Nova.
O torcedor do Vitória deixou o estádio de alma lavada na véspera do
aniversário do clube. Goleou o rival pela segunda vez no ano, ampliou para
sete o número de jogos sem perder para o Bahia e antecipou um pouco o que
pode ser a festa do título, com os gritos de “É campeão!”, que iniciaram na
arquibancada e devem ganhar força até o próximo domingo no Barradão.

Dinei marcou quatro e foi decisivo na conquista do campeonato baiano

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