COMUNICAÇÃO, IDENTIDADE E PRÁTICAS SÓCIO-CULTURAIS

Objetivos:

Trabalhar o conceito de cultura utilizando os clássicos:

Gilberto Freyre – Casa Grande e Senzala

A formação social brasileira girou em torno da casa-grande. Lá que germinou muitos aspectos da cultura brasileira. Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida

Darcy RibeiroO povo Brasileiro

“…uniformidade cultural brasileira, esconde-se uma profunda discrepância, gerada pelo tipo de estratificação que o processo de formação nacional produziu. O antagonismo classista que corresponde a toda estratificação social aqui se exacerba, para opor uma estreitíssima camada privilegiada ao grosso da população, fazendo as distâncias sociais mais intransponíveis que as diferenças raciais.”

Sérgio Buarque de HolandaRaízes do Brasil.

Publicada em 1936, Raízes do Brasil aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira. O texto consiste de uma macrointerpretação do processo de formação da sociedade brasileira. A tese central é a de que o legado personalista da experiência colonial constituía um obstáculo, a ser vencido, para o estabelecimento da democracia política no Brasil. Destaca, nesse sentido, a importância do legado cultural da colonização portuguesa do Brasil e a dinâmica dos arranjos e adaptações que marcaram as transferências culturais de Portugal para a sua colônia americana.

 Raymundo FaoroOs donos do poder

Abrindo o livro com a formação do Estado português, nos séculos XIV e XV, Faoro deixa registrado o seu tipo de recuo histórico. A história será um grande baú de memórias, dentre as quais, por meio de alguns conceitos da sociologia e da ciência política de Max Weber principalmente, o autor tentará religar os acontecimentos passados em uma tradição, uma filiação, uma genealogia que os defina. Para montar essa genealogia, Faoro toma como marco inicial as guerras de reconquista e de ordenação do reino de Portugal, juntamente com o projeto de conquista e expansão do seu Império Ultramarino, para elaborar o conceito, fundamental em sua análise, de um Estado patrimonial. Esse Estado, muito precocemente constituído em Portugal a partir da empresa do Príncipe, inviabilizou o desenvolvimento de uma classe feudal independente, pois trouxe para o interior do Estado a direção da economia, desvinculando-a dos arbítrios dos barões proprietários de terras. Dessa ideia, o autor desdobrará a tese de que:

Os reis portugueses governaram o reino como a própria casa, não distinguindo o tesouro pessoal do patrimônio público. Seu poder assentava no patrimônio, em torno deste gravitava ele próprio, seus súditos e os interesses públicos da nação. (FAORO: 11)

Caio Prado JúniorFormação do Brasil Contemporâneo

Publicado em 1942, Formação do Brasil contemporâneo é um clássico do pensamento social e da historiografia brasileira que vem mobilizando estudiosos e atores políticos, seja para aceitar suas teses, problematizá-las ou mesmo rejeitá-las. Como poucos, o livro conseguiu formar nossa visão das origens coloniais do Brasil e do seu legado à nação. Divergindo daqueles que entendiam o período colonial em termos equivalentes ao feudalismo na Europa, Caio Prado Jr. o situa no processo de expansão ultramarina europeia resultante do capitalismo mercantil. Explicação tão bem-sucedida que dificilmente alguém acreditaria hoje num passado feudal brasileiro.

Autores complementares no campo do esporte e carnaval, que estudam a relação da formação do povo brasileiro, da identidade e da cultura, como forma de entendimento de quem somos nós: Ronaldo Helal; Roberto DaMatta; Marcos Guttermann; Ary Rocco; Haroldo Costa; Tales dos Santos Pinto;  Rafael Rezende, Sérgio Cabral.

Domínios da História– Organizado por Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas

Aqui trabalha-se com a Historiografia brasileira

A disciplina pretende apresentar autores e obras começando pelas definições de:

Cultura

Historiografia

História social ( Ex. História das mentalidades)

A história cultural como campo do saber

O esporte e o carnaval como espaços de identidade da cultura e do povo brasileiro.

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