O RÁDIO DRIBLA A INTERNET E CONTINUA FIRME EM CAMPO

Por: Prof. Dr. Márcio de Oliveira Guerra[1]

Resumo:

Esse artigo se propõe a apontar como o rádio, mais uma vez ameaçado de extinção pelos apocalípticos da comunicação, conseguiu receber mais uma nova tecnologia e, ao contrário de sucumbir, deu um “drible”, envolveu a internet e acabou trazendo ela para “reforçar seu time”. Historicamente responsável por um “casamento” com o futebol e dono de uma forma inigualável de transmitir o jogo, o bom e velho rádio se prepara para coberturas como a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil e parece não ter medo da concorrência.

Rola da Bola:

            Quando Nicolau Tuma – o “pai” da narração do futebol pelo rádio – pegou o microfone da Rádio Educadora Paulista, em 1931, para tentar superar o desafio que colocaram para ele, transmitir um jogo até então nunca narrado[2], certamente não sabia que estava criando uma forma de contar a história de uma partida do jeito que o torcedor gosta de ouvir. Esse foi o primeiro desafio do rádio esportivo. Outros tantos viriam. E esse tinha ingredientes muito especiais. Afinal, os jogadores não tinham numeração nas camisas. Ou seja, Tuma tinha que inventar um estilo de narrativa e descobrir como fazer isso com vinte e dois jogadores desconhecidos trocando passes em ritmo veloz.

            Sobre o cenário, nosso pioneiro da transmissão do futebol pelo rádio resolveu utilizando um dos segredos da popularidade e paixão pelo veículo: a imaginação. Por que não pedir ao torcedor que imaginasse o campo onde as Seleções de São Paulo e Paraná iriam jogar pelo 8º Campeonato Brasileiro de Futebol, como uma caixa de fósforos ? Uma analogia perfeita, que facilitou para que os primeiros ouvintes dessa novidade pudessem saber em que lado estava cada time, o formato do campo e em que parte desse espaço estavam os torcedores de cada seleção.

            “Eu precisava dar a impressão ao indivíduo que estivesse ouvindo com os dois fones do rádio galena, que ele estaria apreciando e vendo quase, e completando com a sua descrição a minha imaginação”, contava Nicolau Tuma[3]. E a narração do jogo diante da falta de numeração dos jogadores? Bem, nesse caso, não só o primeiro narrador, mas todos os que o seguiram, driblaram essa barreira apelidando atletas de acordo com suas características físicas ou habilidades. Um era “o loirinho”, ou “canhotinha”, o “baixinho” e assim foram surgindo também expressões que se incorporaram aos narradores. O “speaker metralhadora” (Tuma),  o “narrador da torcida brasileira” (Fiori Giogliotti), “o comentarista que o Brasil consagrou” (João Saldanha), “o juiz do povo, falou ta falado” (Mário Vianna – comentarista de arbitragem).

            Mas não era transformar o jogo em imaginação pelas ondas do rádio o principal desafio neste começo de história do “casamento” rádio e futebol. Naquela época, como recentemente, quando surgiu a televisão, já se discutia fortemente se essa transmissão não estaria tirando o torcedor dos estádios. Ensaios de proibição de entrada de equipes nos estádios foram derrubados pela determinação dos profissionais da época, embora não se possa deixar de destacar que esse sentimento de “importuna presença” do rádio transmitindo as partidas e afastando o torcedor dos estádios, fosse um reconhecimento público da importância do novo na comunicação do espetáculo.

            Também nesse começo houve a tentativa de venda de exclusividade para emissoras. Portanto, nada de novo em relação ao problema do monopólio da cobertura por redes de comunicação, também recorrente nos dias atuais. Nomes como os de Ari Barroso jamais aceitaram passivamente isso e até do telhado ele narrou. Fosse para quebrar o monopólio imposto ou fosse para superar a determinação de dirigentes vascaínos (os precursores ou inspiradores de Eurico Miranda) de que ele não podia trabalhar em São Januário, por ser torcedor declarado do Flamengo.

            Mas nada disso impediu que o rádio esportivo se transformasse numa mania. A ponto de um narrador (Ivan Costa) usar a expressão “só não houve futebol pelo rádio quem não tem vizinho, não tem rádio ou é surdo”. O desenvolvimento do próprio veículo está muito ligado às coberturas das partidas de futebol. O radinho virou companhia obrigatória nos estádios. Ele foi incorporado ao ritual do torcedor. A consolidação do futebol como paixão nacional e identidade do país coincide com a época de ouro do rádio.

            Já nas suas origens, o futebol sempre teve em seus admiradores uma vocação para participação (opinião, palpite e paixão). Não eram raras as cenas de torcedores discutindo o aparelho (no caso, o narrador, repórter ou comentarista) quando o que estava sendo dito não agradasse. A nossa cultura esportiva, especialmente no futebol, sempre foi muito ligada à oralidade.

O brasileiro gosta de discutir, comentar e opinar sobre o universo da bola. Ele é capaz de contar histórias incríveis, que são levadas de geração para geração. Um sentimento que parece fazer a paixão ser transmitida pelo sangue. Fomos criados pela cultura oral do futebol, com todos os exageros e invenções  do boca a boca. Algo que a genética indígena deve explicar. Assim como os europeus tem suas lendárias batalhas seculares, o futebol é a nossa lenda particular. (GUTEMBERG, Marcos, 2010, p.12 e 13).

            Essa cultura oral pode ser uma boa explicação para a permanência do interesse do torcedor pela narrativa radiofônica dos eventos esportivos. Mas bem que outras barreiras poderiam ter significado o desaparecimento dessa relação torcedor x ouvinte. Quando reinava absoluto, a ponto de ter até a Hora da Ginástica, sob o comando de Oswaldo Magalhães, com grande audiência, o rádio encarou a sua maior “sentença de morte”: nascia a televisão.

INTERVALO

            Um fator que sempre acompanhou o futebol foi a imprevisibilidade. Ele é um dos poucos esportes coletivos que lida com o inesperado durante toda a sua realização. Não há um placar pré-determinado a favor de uma equipe, por mais favorita que ela seja. O efeito é direto na conduta do torcedor que, sabendo disso, fica ligado o tempo todo na expectativa do lance seguinte. Por isso, a narrativa do futebol e ao comportamento do torcedor/ouvinte foram incorporados elementos como superstição, religião e sobrenatural.

            No entanto, mesmo com toda essa relação, não havia “santo” que pudesse prever uma sorte melhor ao rádio com o surgimento de um meio de comunicação que iria substituir a imaginação, tão explorada pelo meio radiofônico, pela imagem. O time dos teóricos que sempre apostaram no fim de meio de comunicação quando do surgimento de outro entrou em campo e anunciou o fim do rádio. Até porque, a maioria dos grandes talentos e da verba publicitária migrou rapidamente para a TV na década de 50.

            As primeiras partidas transmitidas pela televisão eram consideradas sem muita emoção, monótonas. Isso era atribuído ao fato de os locutores tentarem dar uma nova forma de narração, que diferenciasse do rádio. Além disso, havia o fato dos primeiros recursos (duas câmeras, normalmente) para a cobertura de um jogo serem considerados limitadores da disponibilidade de imagens e de alternativas para a narrativa, sempre presa ao que o telespectador estava vendo.

            Vera Regina Toledo Camargo, ao examinar a trajetória da mensagem esportiva em São Paulo, ressalta a forte influência que foi levada pelos narradores do rádio que foram contratados no começo das transmissões da televisão. Uma dificuldade muito grande de ajuste de linguagem que já havia conquistado o torcedor para um veículo com característica distinta.

Mas alguns que foram para a mídia audiovisual não conseguiram mudar suas falas, trazendo as características do rádio para a televisão. Seguindo a mesma linha narrativa, em que o mais importante é criar um ambiente, de moda a fazer com que o ouvinte imagine as imagens, sinta a emoção da partida esportiva, mesmo não podendo visualizá-la. E deste modo, percebemos que nas narrações esportivas televisivas, fala-se de óbvio, os locutores esquecem que as imagens falam por si. A fala e o texto deveriam ter a função de ajudar a compreender e não a de criar uma imagem para o telespectador, já que esse está diante dela. (CAMARGO, 2005).

            A evolução tecnológica trouxe mais câmeras, novos ângulos, novas possibilidades de narrativas. Uma das estratégias adotadas foi aproximar o espectador do jogo. Técnica buscada no cinema. Ver de mais perto os lances, transformando as câmeras em olhos virtuais do torcedor, seguindo a bola e mostrando a reação do jogador, do treinador e do próprio torcedor, aproximou a narrativa do público. A narração passou a ser mais ilustrativa e o conteúdo mais ancorado.

            Sem o recurso da fantasia, do “direito de mexer com o imaginário” do telespectador, apenas com as palavras, como o rádio sempre fez com sucesso, a televisão adotou como recurso a disponibilização para seus narradores de um banco de dados muito grande, tornando a transmissão cheia de números (quantas faltas, tempo de bola rolando, quem tem mais domínio de bola, total de finalizações e etc).

            Tão logo imaginou a possibilidade de ser ameaçado pela concorrência das transmissões dos jogos pela televisão, o rádio reagiu com o que possui de mais forte: agilidade e imaginação. Enquanto a TV apresentou como novidade uma infinidade de números e tira-teimas, introduzindo a estatística como suporte para a equipe que transmitia, o rádio fortaleceu a prestação de serviço. Nas concentrações, nas ruas, nos vestiários, falando do trânsito, do posto médico do estádio, o rádio optou por trazer mais jornalismo às suas transmissões esportivas. Tudo isso, sem abandonar a linguagem específica.

            Maria Elisa Porchat destaca essa linguagem:

A comunicação no rádio é limitada, por contar apenas com o som. O que requer uma compensação na linguagem nela empregada; em contra partida, o rádio leva vantagem de estar em toda parte. Esse alcance impõe um compromisso cultural, num sentido amplo, e promove a valorização da nossa língua, de modo particular. Limitação e vantagem estabelecem diretrizes que nem sempre andam unidas. Se por um lado o rádio deve explorar recursos lingüísticos, por outro lado, algumas possibilidades da nossa língua não favorecem a comunicação veiculada por meio do rádio.

            Maria Elisa destaca também alguns aspectos importantes a serem levados em conta na relação do locutor com o ouvinte. Ela fala sobre a necessidade do ouvinte ver através das palavras. Por isso, quando enfrenta a concorrência de uma transmissão feita pela televisão para todo o país, algumas emissoras de rádio repetem a todo momento: “você vê o jogo, ouvindo a rádio…” A Rádio Globo, por exemplo, em dias de jogos em que disputa audiência com a TV, promove a interatividade com seus ouvintes abrindo, durante toda a partida, espaço para a participação de várias pessoas que avaliam, por exemplo, quem é o melhor e o pior em campo e falam sobre possíveis mudanças. É o rádio apostando que, apesar do torcedor ter a imagem na TV, pode e deve continuar com o áudio “original”.

            A TV também partiu para uma abertura de participações (recentemente até com vídeos enviados via webcan para as emissoras), mas com um índice de uso reduzidíssimo durante a transmissão. Na verdade, mais parece apenas uma falsa impressão de interatividade. Por outro lado, não há como negar que também  para a geração de torcedores criada nos tempos atuais, muito mais visual do que qualquer outro tempo, fica difícil compreender a transmissão pelo rádio. O que mujitos alegam é que sentem dificuldade pra visualizar a jogada, detalhes da partida narrada e que só percebem o lance quando é gol. Exageros à parte, faz sentido a dificuldade dos que vêem desde pequenos a imagem como suporte para entendimento do mundo.

O estudo dos órgãos de percepção registram que o ouvido humano é capaz de discriminar cerca de 200 mil unidades de informação por segundo, considerando as tonalidades e a intensidade, bem como o sentido de direção. Já o olho, jogando com a discriminação espacial, as tonalidades cromáticas e intervalos entre os estímulos, alcança dezenas de bilhões de unidades de informação por segundo. (COHEN-SEAT; FOUGEYROLLAS, 1979, p. 355-362)

            Mais do que uma questão sobre qual dos sentidos tem maior alcance, o que pesa realmente é a questão da interpretação, que, inclusive, justifica o fato do torcedor que vai ao estádio levar o radinho. E este torcedor, que se habituou com a transmissão do rádio, sente uma dificuldade muito grande de ajuste à narrativa da televisão. Fato é que fica claro que a televisão não matou o rádio, principalmente no que se refere à transmissão dos jogos de futebol.

            A tecnologia trouxe para os narradores o desafio da precisão, mais a possibilidade deste progresso servir como facilitador pela possibilidade de ajustar e corrigir sua transmissão pela quantidade de ângulos e informações que as imagens oferecem. A TV Cultura, no início dos anos de 1990, assegurou os direitos de transmissão do campeonato alemão, onde a disposição das câmeras, entre elas gruas atrás dos gols; a colocação de um trilho na lateral do campo, com cinegrafista acompanhando a partida bem mais próxima e em cima do lance, provocaram uma grande revolução no conceito de cobertura  dos jogos pela TV. De lá para cá, os recursos tecnológicos se ampliam cada vez mais, a ponto deste ano, na Copa do Mundo da África, serem iniciados as experiências de transmissão em 3D. No entanto, a narrativa pouco mudou.

            A rigor, em nossa pesquisa de doutorado, apenas o narrador Sílvio Luiz, atualmente na Rede Bandeirantes, aparece com uma narrativa apropriada à TV. Com seu jeito brincalhão, Silvio se mantém dentro de um estilo muito mais parecido com o do telespectador, que sabe que a imagem já diz muito e que o que ele precisa fazer é legendá-las, sem ser redundante. Isso o torna diferente em relação aos demais, que ainda parecem presos ao estilo radiofônico.

            UM NOVO ADVERSÁRIO

            Quando o rádio imaginou o seguinte: “deixa a TV mostrar todos os ângulos e nós continuamos encantando com a narração”, eis que surge uma nova ameaça: a internet. De novo o rádio, considerado “o primo pobre” da comunicação (mas, provavelmente o mais rico de relação com seu público) foi informado de que seus dias novamente estavam contados. Afinal de contas, além de poder ouvir rádio pela internet, o cidadão passou a ter o direito de fazer sua própria rádio virtual, com a programação de seu gosto.

            Além de mais um concorrente forte a dividir a verba publicitária, o rádio esportivo passou a ter as chamadas coberturas em tempo real (embora sem narrativa) e telefones celulares a receberem mensagens sobre os gols, algumas até sonoras. Não vamos aqui nem considerar a questão de montagem de uma própria emissora na internet, porque aqui é muito mais um meio de comunicação pessoal do que de massa. Em termos de transmissão esportiva, o máximo seria a narração do próprio indivíduo do jogo ou criação de um programa de esportes. A ameaça não viria daí.

            O que poderia tirar a audiência do rádio é se ele fosse “de corpo e alma” para o mundo virtual. Não se pode deixar reconhecer que o golpe, no começo, foi sentido. A primeira reação foi a de tentar entrar no ritmo “você prá lá eu prá cá”. Mas era preciso saber o que fazer com essa nova tecnologia e aproveitar de alguma forma as características do rádio diante de novas possibilidades.

            E o que fez o rádio? Nos últimos anos as emissoras, em suas transmissões esportivas passaram a adotar um esquema diferente. Nada de ignorar ou ver a internet como ameaça. Elas trouxeram a internet para dentro do rádio e fizeram com que as transmissões esportivas radiofônicas se tornassem ainda mais interativas. Se antes essa interatividade era através das cartas dos ouvintes e depois passou a ser pelo telefone e até o email, agora foram instaladas câmeras nos estúdios, chats, salas de discussões e possibilidade de participação do torcedor com mensagens em áudio.

            É assim que as emissoras estão apostando na cobertura dos jogos, oferecendo ao ouvinte mais um recurso de participação da narrativa. A Rádio Globo, por exemplo, durante as suas transmissões de jogos do Campeonato do Rio de Janeiro e Brasileiro, coloca um ou mais profissionais “plugados” no site da emissora, transmitindo para o narrador o que está acontecendo no espaço virtual. Até mesmo o comentarista costuma informar aos ouvintes em que sala de bate papo está naquele momento e onde pode também trocar idéias com quem está ouvindo.

            O que não mudou? A forma de narrar. O trabalho de narrador, comentarista e repórteres continua inalterado. Provavelmente seguindo a máxima de que em time que está ganhando não se mexe. O que mudou foi que o espaço de participação do ouvinte ampliou-se e a narrativa foi ilustrada com mais um canal de voz para os torcedores. Aquilo que seria um novo desafio apresentado para o rádio ficou superado com a habitual criatividade do veículo. Os desafios lançados para futebol e rádio no Brasil, as barreiras sociais vencidas e a popularização alcançadas fizeram dessa relação algo mais forte, onde nem toda a tecnologia dos novos meios, primeiro a televisão e agora a internet, foram capazes de suprimir. É inegável que essa relação ainda é muito forte. Já foi maior, sem dúvida. Hoje, o rádio esportivo ainda enfrenta uma barreira forte que é  a das novas gerações serem criadas mais no mundo da imagem.

            Mas é exatamente essa geração, que se acostumou com o jogo na TV, mas que tem trocado a TV pela internet, que pode estar sendo redescoberta. Ouvir o jogo pelo computador, com a linguagem original do rádio, tem sido um campo de novidade para jovens novos ouvintes. Portanto, ao que parece, ao contrário da nova tecnologia ter retirado do rádio seu espaço, ela acabou contribuindo para o resgate de uma tradição: “ver o jogo ouvindo a rádio…”

            REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

            ANDRADE, Carlos Drumond. Quando é dia de futebol. Rio de Janeiro, Editora Record, 2002.

            CAMARGO, Vera Regina Toledo. A trajetória da mensagem esportiva: dos sons à imagem paulistana. Campinas: Unicamp. CD-ROM

            —————, Futebol espetáculo do Século. Elementos para uma concepção da cultura de massa. In COSTA, Márcia Regina ET AL. São Paulo: Musa Editora, 1999, p.70-80.

            COHEN-SEAT, G, FOUGEYROLLAS, P.A. A informação visual e sua ação sobre o homem. In: COHN, Gabriel (org). Comunicação e Indústria Cultural. 4. Ed, São Paulo: Nacional, 1978, p.355-362.

            GUERRA, Márcio de Oliveira. Você, ouvinte, é a nossa meta. A importância do rádio no imaginário do torcedor de futebol. Juiz de Fora: Ed. Etc. 2000.

            PORCHAT, Maria Elisa. Manual de Radiojornalismo. Jovem Pan. São Paulo, Ática, 1989.

            SOARES, Edileuza. A bola. O rádio esportivo em São Paulo. São Paulo, Summus, 1994.


[1] Doutor e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduado em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde é professor Associado II. Autor do livro “Você, ouvinte, é a nossa meta”: a importância do rádio no imaginário do torcedor de futebol. Membro do NP de Comunicação e Esporte do Intercom.

[2] Segundo Edileuza Soares, em A bola no ar, Amador Santos, no final dos anos 20, no Rio de Janeiro, narrou alguns jogos, mas não no estilo que acabou ficando marcado e conhecido pelos brasileiros. Tuma deu ao jogo o ritmo da narrativa que praticamente se tornou uma grife do veículo. Por isso passou a ser chamado o Speaker Metralhadora.

[3] Depoimento dado por Tuma ao Globo Repórter de 1981, sobre os 50 anos de Rádio no Brasil.

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